segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

CENINT unem-se às unidades CEOC em manifestação

Na manhã de 27 de janeiro, a comunidade CENINT uniu-se às comunidades escolares dos Colégios Estadual Hamilton de Jesus Lopes e Landulfo Alves, para uma manifestação pública, como luta pela dignidade e continuidade de suas atividades.
A manifestação implicou uma reunião no vespertino, no NRE 26 e outros encaminhamentos.
Confira a carta aberta e a memória, referentes às atividades.
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CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DA CIDADE DE SALVADOR:
O fechamento de escolas! Que será do Estado da Bahia?
A comunidade do Colégio Estadual Hamilton de Jesus Lopes vem tornar público o FECHAMENTO do referido colégio, ao tempo em que manifesta PESAR e REPÚDIO por tal ato, uma vez que, este vai de encontro ao ideal de promoção da cidadania. Faz-se necessário lembrar que educação é um direito básico de todos os indivíduos e dever do Estado. Ironicamente, tal direito está sendo negado de forma arbitrária e sem critérios.
Neste final de janeiro, a comunidade escolar foi surpreendida pela notícia de que o Colégio Estadual Hamilton de Jesus Lopes, Landulfo Alves e CENINT não mais funcionarão, pois cederão o espaço para a UNEB. Assim, professores, alunos, equipe gestora, técnica e pedagógica terão que buscar outro estabelecimento de ensino para desempenhar suas funções profissionais e estudar, entregando à UNEB um espaço reformado com verba do nosso colégio; um valor estimado em 500 mil reais.
Vale referendar o panorama histórico do nosso colégio, fundado em 2002, nas modalidades EJA - Educação de Jovens e Adultos - e CPA - Comissão Permanente de Avaliação, com a finalidade de formar jovens e adultos para o convívio social e inclusão no mercado de trabalho.
Não é possível calar, assistir de forma passiva à DESTRUIÇÃO DE UM TRABALHO QUE AO LONGO DESSES 14 ANOS, tem produzido excelentes frutos, formando jovens e principalmente adultos, que por carências e motivos diversos, foram penalizados por um sistema excludente. Nosso colégio atende à clientela da Cidade Baixa e Subúrbio e funcionou em 2015, com cerca de 900 alunos matriculados na modalidade Tempo de Aprender I e II, além de 500 alunos matriculados mensalmente na CPA, preenchendo todas as vagas disponibilizadas.
Outro aspecto que preocupa nossa comunidade refere-se à situação dos alunos do Tempo de Aprender, uma vez que, tal modalidade é semestral e os técnicos da Secretaria de Educação confundem o Tempo de Aprender com o Tempo Formativo, este último com estrutura anual. O fato é que nossos alunos serão prejudicados; deixarão uma modalidade semestral para cursar uma anual.
Em síntese, desejamos solicitar apoio efetivo da população no sentido de que se solidarize com a comunidade escolar. Não é possível tornar o Brasil uma grande nação enquanto a educação for tratada com descaso, enquanto escolas forem fechadas. Fechar uma escola que tanto formou alunos é "marcar a fogo e brasa" seres humanos em "gado". Pessoas que serão meramente conduzidas.
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MEMÓRIA DA REUNIÃO COM APLB, COLÉGIOS HAMILTON E LANDULFO E CENINT/CEOC:
Estavam presentes alguns professores do Landulfo, Dias e mais uma representante da Aplb, Nelson (diretor), Monica e Rivelton, um professor do Cenint, eu , Livia e Zé. A reunião começou com a fala de Dias defendendo a permanência das escolas no prédio. Falou da falta de clareza e democracia de como o processo ocorreu. Monica falou da importância e de todo trabalho que o Cenint vinha desenvolvendo. Eu, Zé e Lívia, falamos da inclusão e atendimento aos alunos adultos, inclusive aqueles em situação de risco. Landulfo também falou da importância da escola e todos comentaram da falta de clareza e de respeito como o processo aconteceu. Não houve planejamento, foram medidas arbitrárias. Inclusive a Aplb, na fala de Dias, disse que tem um posicionamento de governo, que estará apoiando o movimento e vai até o final. Que era preciso mobilizar e caso fosse, ocupar o prédio e para tanto a Aplb dará todo o suporte necessário.
Euzelinda informou que não acompanhou o processo de perto e que muita coisa ela não sabia, inclusive das razões para a uneb ocupar o prédio. Como proposta ela disse que fez um levantamento das escolas que podiam atender o Tempo de Aprender na cidade baixa. Então as escolas Nelson Mandela, Barros Barreto e Raimundo Mata já estavam liberados no sistema para realização de matrícula nesta modalidade. A CPA iria ocupar o 3º andar do Duque de Caxias e todos os professores poderiam ir. Quanto aos professores do Tempo de Aprender, ficariam no Duque ou poderiam ir para essas escolas que estão agora oferecendo o Tempo de Aprender. Para isso, ela e Cristina Câmara vão acompanhar o processo de todos os professores da unidade. Sugeri a ida da escola para o Luís Tarquínio, mas ela e Dias afirmaram que o espaço é ocupado pela PM e funciona com um número expressivo de alunos. Como insisti que o espaço estava ocioso, ela pediu para verificar melhor essa questão. Insistimos que a idéia não é dissolver, mas permanecermos juntos. Ela alegou falta de espaço. Para o Landulfo, ela falou que vai verificar matrícula dos alunos, frequência e resultado da avaliação externa para ver se abre matrícula para o primeiro ano vespertino.
Diante do que colocado, a Aplb reafirmou que o interesse de todos era continuar no prédio e pediu para o NRE entrar em contato com a secretaria e trazer uma resposta até domingo à noite para nos apresentar na segunda pela manhã. Neste encontro de segunda, iremos nos posicionarmos quanto a aceitação ou não do que a Sec vai oferecer, e então tomarmos nossas decisões. Dias lembrou que existe um espaço ocioso em frente ao complexo que pertence ao 8º batalhão da PM e que esse espaço poderia abarcar o Hamilton.
Enfim, a reunião foi encerrada com a posição da Aplb de nos apoiar e que a Sec reveja seu posicionamento, abra matrícula para o primeiro ano do Landulfo, veja se é possível levar o Hamilton para o 8º batalhão. E na segunda nos levará uma resposta e nós veremos que caminho seguir.

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Confira imagens:









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